QUASE TUDO

01/02/2011 23:31

 

QUASE TUDO

Hoje não choveu
E não foi tão diferente,
É quase tudo
Sem amor ou atenção.

Uma carta sem destino,
Um coração em desatino
E é quase tudo
Sem qualquer explicação.

Olhe o travesseiro do seu lado
O quanto dorme triste e calado,
Pois o silêncio o afogou
Mais uma vez.

Olhe o travesseiro do seu lado
O quanto dorme triste e calado,
Pois o silêncio o afogou
Mais de uma vez.

Sonhos que acordam do passado
São fotos que apodrecem no criado
Da casa que um dia eu quis,
Mas ninguém fez.

A cerveja sem amigos,
Olhos verdes no espelho
E é quase tudo
Parte da insatisfação.

Eu me olho e sinto medo
Quando deito no escuro
E é quase tudo
Sem saída e sem razão.

Os risos estão tão amarelados
São como discos de vinil quebrados,
O silêncio me afogou
Mais uma vez.

Lágrimas que acordam do passado
São folhas que apodrecem no telhado
Da casa que um dia eu quis,
Mas ninguém fez. 

Rafael Pereira

 


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