INFECÇÃO URINÁRIA

07/03/2012 10:27

 

As infecções do trato urinário (ITU) são frequentes em homens e mulheres, apresentando sintomas diversos, com morbidade variável, podendo até mesmo ser a causa de mortalidade em situações extremas. 

A principal causa de ITU são as infecções bacterianas, normalmente bactérias que encontramos em nosso trato digestivo. A bactéria Escherichia coli é a principal responsável pela ITU, causando 85% das infecções não-hospitalares e 50% das infecções hospitalares. 

Em casos de exceção, infecções por fungos e vírus também podem atingir o trato urinário. Os sintomas mais comuns de ITU são: ardor ao urinar (disúria), urinar com baixo volume e várias vezes (polaciúria), desejo súbito e intenso de urinar (urgência miccional), dor suprapúbica, alteração da cor e/ou odor da urina, dor lombar, febre e presença de sangue na urina (hematúria). 

Em idosos, diabéticos, pesoas imunossuprimidas e crianças, pode-se notar queda de estado geral, apatia e até alteração do nível de consciência. 


As infecções do trato urinário (ITU) são resultado da interação entre o hospedeiro e o agente causador. A gravidade da infecção é determinada pela agressividade da bactéria causadora, volume de contaminação e inadequação dos mecanismos de defesa do hospedeiro. 

Alguns fatores podem indicar e/ou facilitar a presença de ITU graves, chamadas no meio médico de ITU complicadas (e por consequência, mais graves), tais como: anormalidade funcional ou anatômica do sistema urinário (obstrução, refluxo, bexiga neurogênica, incontinência urinária, etc), gravidez, diabetes, idade avançada, imunossupressão, uso recente de antibióticos, uso de cateteres ou sonda vesical, manipulação cirúrgica do sistema urinário, internação hospitalar e sintomas persistentes por mais ou igual a 7dias. 

As infecções do trato urinário (ITU) também podem ser facilitadas por hidratação inadequada, uso de espermicida e queda nos níveis séricos de estrogênio. 

Em pacientes hospitalizados e/ou com necessidade de cuidados residenciais, alguns cuidados adicionais devem ser tomados: higiene do paciente e ambiente adequados, hidratação e nutrição adequadas, troca de sondas e cateteres regular, avaliação dos fatores de risco associados (comorbidades, status nutricional, tabagismo, uso de antibióticos e/ou drogas imunossupressoras e infecções em outras partes) e atenção especial a sintomas e sinais de ITU pela família, enfermagem e/ou cuidador. 

O diagnóstico deve ser realizado por um médico através de exame de urina (urina tipo I e urocultura) e, se necessário, exames laboratoriais adicionais. 

Em casos de infecções complicadas é necessário realizar exames radiológicos (ultrassonografia e/ou tomografia) para melhor avaliar a gravidade e presença de fatores agravantes da ITU. O tratamento é realizado com o uso de antibióticos, que na maioria dos casos pode ser administrado por via oral. 

O uso de antibiótico parenteral deve ser realizado em casos de ITU complicadas ou quando antibióticos orais não são eficazes/disponíveis, normalmente com necessidade de internação hospitalar. O tempo de uso do antibiótico deve ser baseado na gravidade, órgão atingido e comorbidades existentes. 

Em casos selecionados, procedimentos cirúrgicos são necessários para desobstrução do trato urinário, drenagem de abscesso ou mesmo, em casos extremos, extirpação do rim.

 

Você sabe qual é a especialidade do urologista? Ao contrário do que muita gente pensa, este médico não cuida apenas do aparelho reprodutor masculino, como é o ginecologista para a mulher. Na verdade, cabe ao especialista tratar de todos os órgãos que compõem o trato urinário, seja em homens ou mulheres.

Segundo relatos do urologista Wantuil Marques, não é incomum que pacientes do sexo masculino perguntem se ele atua em outra área, visto que por vezes há mulheres na sala de espera. "Essa desinformação sobre a abrangência da especialidade alcança não só os leigos, mas os próprios profissionais de saúde. Nunca é demais destacar que rins, ureteres e bexiga também estão no escopo da especialidade, que é clínica e cirúrgica", comenta.

Esta falta de informação, pode causar consequências terríveis, já que infecções bacterianas do trato urinário inferior chegam a ser até 20 vezes mais freqüentes na mulher, especialmente naquelas com vida sexual ativa. Uma das doenças urológicas que mais atinge mulheres é a incontinência urinária. Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia, cerca de 20% da população feminina brasileira apresenta o distúrbio, que é caracterizado pela perda involuntária da urina. "Os principais fatores de risco são idade avançada, obesidade e partos por via vaginal", explica o urologista Gustavo Korst. "Há ainda alterações que são exclusivas delas - como a obstrução dos ureteres pelo útero grávido e a endometriose da bexiga", complementa Dr. Wantuil.

A demora no diagnóstico de diferentes patologias pode agravar infecções, além de piorar problemas como a obstrução do sistema de drenagem da urina - o que em casos mais graves ocasiona até a perda de um rim. Usualmente, elas buscam o ginecologista primeiro. Esse especialista assiste os problemas mais simples, mas costuma encaminhar ao urologista para investigação e diagnóstico. "A urologia mundial está tão atenta à questão que, nos últimos 20 anos, tem atuado no desenvolvimento de uma sub-especialidade, a Uroginecologia. Com isso, estamos cada vez mais preparados para lidar com aspectos fisiológicos do organismo feminino, inclusive durante a gravidez", conclui Dr. Wantuil.

 

 Quem já sofreu com o problema sabe que as dores causadas pela infecção urinária não são nada agradáveis. Mas ainda há quem lide bem com o desconforto e pense que ele não vai trazer nenhum prejuízo além da ardência e alguma dor nos rins. Engano grave e arriscado: a doença é a segunda causa de mortalidade em fetos de até três meses (a maioria das mortes acontece devido a alterações cromossômicas, geradas por um óvulo ou espermatozóides defeituosos).


E o maior problema é que são as gestantes que estão mais propensas a doença, graças às mudanças que o corpo sofre. "A infecção urinária  é muito freqüente durante a gestação, por causa das alterações funcionais e anatômicas dos rins e das vias urinárias durante o ciclo gravídico-puerperal", explica a ginecologista Vera Lúcia.

A doença é caracterizada pelo estabelecimento e a multiplicação de microrganismos dentro do trato urinário. "A presença de bactérias afeta o maior número de pacientes. Mas também há casos decorrentes de vírus e fungos. A urina, normalmente, não deve apresentar nenhum tipo de microorganismo, em nenhuma quantidade", afirma a especialista.

Além de alavancar os casos de aborto espontâneo, a infecção urinária (também conhecida como infecção do trato urinário ou ITU) aumenta as chances da mulher apresentar crescimento intra-uterino retardado e do bebê sofrer com problemas de baixo peso ao nascer. "O pré-natal, realizado desde o início da gestação, previne tudo isso, já que o médico pede exames capazes de apontar qualquer alteração no trato urinário", diz a ginecologista.

Pacientes com história de infecção urinária antes da gravidez, diabéticas e pacientes com mais de três filhos precisam ficar atentas, já que essas características aumentam as chances da doença. "Ardência, dor, dificuldade para urinar, mau cheiro e cor opaca da urina são os sintomas mais comuns da doença e principalmente as mulheres gestantes devem ficar atentas", afirma a ginecologista.

O diagnóstico é bem simples e um exame de urina comum já é capaz de detectar qualquer alteração que ofereça riscos. "Par descobrir se a mulher está com infecção urinária o médico deve fazer uma solicitação do exame de urina tipo I e cultura de urina, durante o Pré-Natal. Esses são exames simples e não oferecem nem risco para o bebê. Normalmente são realizados com o primeiro jato de urina do dia, após uma higienização da região peri-uretral" ressalta a médica. 

Remédios
De acordo com a especialista é importante frisar que as futuras mamães não podem, de jeito nenhum, consumir remédios sem consulta do especialista, já que a maioria dos antibióticos pode trazer prejuízos para o bebê. "Mesmo que a mulher esteja acostumada a tratar a ITU com um determinado remédio é importante lembrar que durante a gestação ele deve ser deixado de lado. Só o ginecologista pode indicar a opção apropriada para o período gestacional. Isso ocorre de acordo com o quadro clinico da paciente, pensando principalmente na segurança dela e do bebê", diz a especialista.

Depois do parto
Quando a infecção urinária não é tratada corretamente, além de oferecer prejuízos para o bebê, traz riscos para a mãe, principalmente depois do parto. "O importante é não descuidar do problema durante a gestação, já que em alguns casos o problema pode persistir depois do parto de uma maneira mais forte e trazendo diversos riscos para saúde da mulher, como o mau funcionamento dos rins", afirma a médica.

 

A deficiência de vitamina D pode causar problemas de incontinência urinária e fecal nas mulheres. Quem indica isso é um recente estudo do National Health and Nutrition Examination Survey, nos Estados Unidos, que verificou a ligação entre os níveis de vitamina D e distúrbios pélvicos, analisando mais de 1.800 mulheres acima dos 20 anos. 

Os resultados mostraram que 82% das mulheres apresentavam níveis de vitamina D considerados insuficientes pelos médicos. Ao menos um dos distúrbios pélvicos foram relatados por 23% das mulheres e os níveis médios de vitamina D foram significativamente menores entre aquelas com os distúrbios como incontinência urinária, prolapso genital (conhecido como "bexiga caída") e incontinência fecal. Em mulheres idosas, o risco de incontinência urinária foi 45% menor entre aquelas com níveis satisfatórios de vitamina D. 


A vitamina D é uma vitamina essencial necessária para ossos e força muscular. O corpo produz vitamina D em resposta à exposição solar, mas a vitamina também é comumente encontrada nos alimentos. Os pesquisadores dizem que a deficiência de vitamina D já era associada a um risco maior de osteoporose e estudos recentes também relacionam o enfraquecimento dos ossos a esses distúrbios pélvicos. 

Outros estudos recentes mostraram que a falta de Vitamina D no organismo pode prejudicar o tratamento de pacientes com câncer de mama e sua deficiência pode aumentar a pressão arterial . A vitamina D pode ser encontrada no leite, óleo de fígado de peixe e alguns cereais que são fortificados com essa vitamina. O corpo pode absorver boa quantidade de vitamina D com exposição à luz solar de 10 a 15 minutos duas vezes ao dia.
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