IMPOTÊNCIA SEXUAL: O TERROR DOS HOMENS.

24/02/2011 12:47

Disfunção erétil, também conhecida como impotência sexual masculina, é a incapacidade de desenvolver ou manter a ereção do pênis para um intercurso sexual satisfatório, independentemente da capacidade de ejaculação. Há várias causas para a disfunção erétil, muitas das quais são reversíveis medicamente.

Vivemos ainda em uma sociedade muito machista, infelizmente para todos nós. Para os homens, em especial, existe uma pressão desenfreada para a atividade sexual predatória. O que caiu na rede é peixe! E existe, por sinal, um mito milenar de que os homens estão sempre aptos ao sexo, independente de qualquer outro fator. Devem sempre estar com desejo, devem ter plena ereção e não falhar jamais.

Essa situação é um peso muito grande para os ombros de qualquer um. O bem da verdade, qual o homem ao qual nunca lhe faltou potência?

Qual a mulher cujo parceiro já não perdeu a ereção alguma vez na vida?

É necessário desmistificar essa situação. A impotência (disfunção erétil) só se torna um problema ou uma doença quando ela predomina na vida sexual de um homem. Ou seja, quando há uma incapacidade persistente ou recorrente (repetida) de manter uma ereção até a conclusão da atividade sexual. Alguns se queixam de falta completa de rigidez para conseguir uma penetração. Outros conseguem ter o pênis rijo, mas na hora de introduzi-lo perdem a potência.

Devido à natureza pessoal da impotência sexual masculina, esse assunto foi tabu por muito tempo e material para muitas lendas. Desde os anos 30 remédios populares têm sido anunciados para a disfunção erétil. A introdução do sildenafil (Viagra ®) nos anos 90 causou uma segunda onda de atenção do publico. 

SINTOMAS E CAUSAS DA DISFUNÇÃO ERÉTIL.

A disfunção erétil é caracterizada pela incapacidade de manter a ereção. Ereções normais durante o sono, e de manhã cedo, sugerem causas psicogênicas, enquanto a perda dessas ereções pode indicar causas patológicas, geralmente de origem cardiovascular. Outras causas da impotência sexual masculina são o diabetes mellitus (causadora de neuropatia) e hipogonadismo (diminuição nos níveis de testosterona devido à doença afetando os testículos e glândula pituitária). Principalmente se o homem já tem mais que 50 anos.Excesso de prolactina, uso de medicamentos que combatem a hipertensão, anormalidade vascular peniana.

Segundo pesquisas 90% da impotência sexual têm suas causas emocionais como:

O estresse do dia-a-dia, a discórdia conjugal, a falta de atração pela parceira, a ansiedade ou depressão, medo de não desempenhar o sexo adequadamente, conflitos emocionais antigos, culpa e repressões sexuais antigas.

 

 

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DIAGNÓSTICO

 

 Não há testes formais para diagnosticar a disfunção erétil. Alguns testes de sangue são geralmente feitos para excluir doenças causadoras de impotência, como diabetes, hipogonadismo e prolactinoma.

O ultrasom duplex é usado para avaliar o fluxo sanguíneo, vazamento venoso, sinais de aterosclerose e cicatrização ou calcificação do tecido erétil. Injeção de prostaglandina, um estimulador tipo-hormônio produzido no organismo induz a ereção. Então, o ultrasom é usado para verificar dilatação vascular e medir a pressão sanguínea no pênis. As medidas são comparadas com aquelas feitas com o pênis flácido.

 

 

Testes, como reflexo bulbo cavernoso, são usados para determinar se há suficiente sensibilidade nos nervos no pênis. O médico aperta a glande do pênis, o que imediatamente causaria a contração do ânus se a função dos nervos estiver normal. O médico mede e latência entre o aperto e a contração ao observar o esfíncter anal ou ao sentir com um dedo envolto em luva inserido no ânus. Testes específicos de nervos são usados em pacientes com suspeita de danos no nevo como resultado de diabetes ou doença nos nervos. 

É normal que o homem tenha de cinco a seis ereções durante o sono, especialmente durante a fase de movimentos rápidos dos olhos (REM). A falta disso pode indicar um problema nas funções dos nervos ou suprimento de sangue ao pênis.
Biotesiometria peniana esse teste usa vibração eletromagnética para avaliar a sensibilidade e função dos nervos na glande e corpo do pênis. Uma percepção reduzida da vibração pode indicar dano em nervos da área pélvica, o que pode causar impotência sexual. Quando não há muitos achados positivos nos exames, pode-se empregar um tipo de tratamento psicológico, conhecido como psicoterapia cognitivo-comportamental, que é baseado em tarefas sexuais progressivas e orientação.

 

 

 

TRATAMENTO

O tratamento depende da causa. Suplementação de testosterona pode ser usada para casos de deficiência hormonal. Porém, geralmente a causa é falta de suprimento adequado de sangue para o pênis como resultado de danos às paredes internas dos vasos sanguíneos. Há algum tempo atrás, substâncias médicas (ex: apo morfina) eram injetadas diretamente no tecido erétil do corpo do pênis para tratar a impotência sexual. Em alguns casos onde não houve resposta ao tratamento médico, poderia ser aconselhado um implante peniano (prótese peniana), ou até uma cirurgia, nesses casos seria a última escolha no tratamento da impotência, sendo utilizados quando qualquer método tenha falhado completamente. Depois da descoberta de agentes orais que dilatam os vasos sanguíneos do corpo cavernoso, como os inibidores, de PDE5 (fosfodiesterase tipo cinco), uma enzima encontrada principalmente nas paredes das artérias do pênis e dos pulmões e responsável pela degradação do GMPc no corpo cavernoso.

A Tadalafila é um potente inibidor do PDE5. Outros exemplos de estimulantes sexuais são: Sildenafil (Viagra ®), Vardenafil (Levitra ®) e Tadalafil (Cialis ®) são remédios que devem ser consumidos sob prescrição médica, e tomados oralmente. Eles atuam ao bloquear a ação do PDE5, que causa a degradação do  Guanosina monofosfato cíclico (GMPc). O GMPc causa um relaxamento que permite que o sangue preencha o corpo cavernoso do sangue.

 O uso concomitante de algumas medicações que provocam a ereção tem elevado o sucesso terapêutico em muitos casos. Entretanto, os mesmos nunca devem ser utilizados sem acompanhamento médico especializado. 

EFEITOS COLATERIAS

Os efeitos colaterais mais comumente encontrados após o uso de estimulantes sexuais são 

A cefaléia (dor de cabeça) durante o coito que pode ser classificada em três tipos, dependendo do início:

  • Cefalalgia inicial do coito, geralmente moderada e de curta duração.

  • Cefalalgia orgásmica, que é abrupta, severa e dura 15 a 20 minutos.

  • Cefalalgia tardia do coito, que tem longa duração (horas a dias) e ocorre depois da cefalalgia orgásmica.

  Indigestão, dores nas costas e nos músculos, rubor facial, e coriza ou congestão nasal, baixa na pressão sangüínea e em casos mais graves a perda da visão principalmente em pacientes diabéticos.obstrução da via de saída do ventrículo esquerdo", problemas nas válvulas ou alargamento do músculo cardíaco,fortes tonturas, pode haver ocorrência de priaprismo (ereção prolongada e dolorida do pênis), na qual deverá ser procurado um médico caso a ereção permaneça por mais de 24 horas. Não é recomendada a ingestão desses medicamentos em pacientes com infarto, angina, problemas cardíacos, pressão sangüínea ou batimentos cardíacos irregulares, doenças graves no fígado e retina. Os efeitos colaterais normalmente desaparecem em algumas horas. As dores musculares podem ocorrer até 12 a 24 horas após a ingestão do medicamento, e normalmente desaparecem em dois dias.

 

MITOS E VERDADES SOBRE A IMPOTÊNCIA SEXUAL

Quanto maior o pênis, maior a potência sexual.

Falhar uma vez é sinal de impotência no futuro.

Vasectomia causa impotência.

Macho que é macho mesmo nunca falha.

Terceira idade significa pendurar as chuteiras na área sexual.

Masturbação excessiva causa impotência em longo prazo.

Impotência indica que o homem é menos masculino.

Homem tem sempre “apetite”, faça chuva ou faça sol.

Homem de verdade tem uma relação sexual  com qualquer mulher.

Homem de verdade transa diariamente.

Pois todas essas dez frases, repetidas Brasil afora, são falsas. O homem não tem que ser uma máquina na cama, apesar de nossa cultura machista propagar que sim. Tampouco rigidez peniana tem a ver com hombridade, masculinidade, honradez.

Porém, por falta de educação sexual adequada e preconceito, essas falsas crenças são tomadas como verdadeiras por muitos. E o pior: às vezes cria tamanha ansiedade que, ela sim, ocasiona problemas sexuais como a impotência masculina.

Ao longo da vida, todo homem eventualmente perde ou não tem ereção em certa ocasião. Estresse intenso, preocupação excessiva, muita ansiedade ou uns drinques a mais. Todos são possíveis causas de uma falha.

Peguemos as bebidas. O álcool inibe a ação do sistema nervoso central, ou seja, diminui seu funcionamento. Tomar de vez em quando uma cerveja, um copo de vinho ou uma dose de uísque não faz mal. Em pequenas quantidades, o álcool relaxa, deixando as pessoas mais alegres, descontraídas e amigáveis – está aqui à explicação de muitos levarem as gatas para tomar algo antes de realmente mostrar o que quer. Uns drinques a mais, porém, fazem o cérebro funcionar meia boca e deixam você sonolento, nada potente.

Já em momentos de estresse, preocupação e ansiedade intensos, a causa da perda de ereção é adrenalina em excesso. Exatamente igual ao que acontece quando um casal está transando e alguém abre a porta do quarto. Na hora, com o susto, o pênis cai, fica morto. Sem reação.

A adrenalina realmente é capaz de nos deixar a todo vapor. É o nosso mais poderoso estimulante endógeno. Contudo, em situações de perigo, medo, tensão, ansiedade ou susto, ela é liberada em maior quantidade no sangue. Essa descarga é para colocar o organismo em modo de defesa. No ato, coloca-o em condições de luta contra supostas ameaças. Mas isso é um verdadeiro veneno para o sexo. A adrenalina – pasme! – é o antídoto natural da ereção.

No Brasil, a experiência de serviços especializados e públicos demonstra que 70% dos casos são totalmente psicológicos. Os 30% restante dividem-se em orgânicos puros e orgânicos associados a problemas psicológicos, os chamados mistos. Afinal, mesmo nos homens cuja impotência tem causa física, o componente emocional muitas vezes agrava a situação.

Teonide Maria

Bióloga CRbio- 92.451/05-P

 

 

 


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