ENTENDA O QUE É HIPOTIREOIDISMO

16/02/2011 01:43

 

O hipotireoidismo é o conjunto de sinais e sintomas decorrentes da diminuição da fabricação dos hormônios da tireóide. 

O hipotireodismo ocorre quando glândula tireóide não produz hormônio suficiente para as necessidades do corpo. Sem os hormônios da tireóide muitas das funções do organismo ficam prejudicadas. Mulheres têm maior probabilidade de desenvolver hipotireodismo do que homens.

A glândula tireóide está localizada na frente do pescoço embaixo da laringe. A tireóide é parte do sistema endócrino. As glândulas endócrinas produzem, armazenam, e liberam hormônios na corrente sanguínea que viajam através do corpo e direcionam as atividades das células. Os Hormônios da tireóide regulam o metabolismo, o qual é a forma que o corpo usa energia, e afeta quase todos os órgãos do corpo.

A glândula tireóide produz os hormônios triiodotironina (T3) e tiroxina (T4), os quais afetam o metabolismo, desenvolvimento cerebral, respiração, função cardíaca e do sistema nervoso, temperatura corporal, força muscular, umidade da pele, ciclos menstruais, peso e níveis de colesterol. Um terceiro hormônio produzido por células especializadas na glândula tireóide, calcitonina, afeta os níveis de cálcio no sangue e acúmulo desse mineral nos ossos.

 

O hipotireoidismo é um quadro clínico que ocorre pela falta dos hormônios da tireóide em decorrência de diversas doenças da tireóide. 

Alguns bebês nascem com tireóide não completamente desenvolvida, ou que não funciona apropriadamente. Se não for tratado, hipotireodismo congênito pode levar a retardamento mental e problema de crescimento.

As causas mais freqüentes são: 

A falta de formação da glândula tireóide ( defeitos embrionários);

Defeitos hereditários das enzimas que sintetizam os hormônios;

Doenças e medicamentos utilizados pela mãe que interferem no funcionamento da glândula do filho.

 

Em adultos, a doença pode ser provocada por: 

Doença auto-imune (tireoidite de Hashimoto);

Após cirurgia de retirada da tireóide por bócio nodular ou neoplasia;

Por medicamentos que interferem na síntese e liberação dos hormônios da tireóide ( amiodarona, lítio, iodo);

Mais raramente por bócio endêmico decorrente de deficiênciua da iodo na alimentação
 
Principais sintomas:.

No recém-nascido, ocorre: 
 

 Choro rouco;

Hérnia umbilical;

Constipação;

Apatia;

Diminuição de reflexos;

Pele seca;

Dificuladde de desenvolvimento.
 

Se o paciente não receber tratamento adequado até a quarta semana de vida, pode ocorrer retardo mental severo, surdez, e retardo no desenvolvimento de peso e altura.

 

No adulto, os sintomas são de: 
 

Intolerância ao frio; sonolência, constipação, inchumes nas extremidades e nas pálpebras,  diminuição do apetite, pequeno ganho de peso, fraqueza muscular, raciocínio lento, depressão,  cabelos secos quebradiços e de crescimento lento, unhas secas quebradiças e de crescimento lento, quebra das pálpebras, queda de cabelos.

 

 

 

Intolerância ao frio

Sonolência, constipação

Inchumes nas extremidades e nas pálpebras

Diminuição de apetite

Pequeno ganho de peso

Fraqueza muscular

Raciocínio lento

Depressão

Cabelos secos, quebradiços e de crescimento lento

Unhas secas, quebradiças e de crescimento lento

Queda das pálpebras

Queda de cabelos




 

A doença predomina no sexo feminino, no qual ocorre também irregularidade menstrual, incluindo a cessação das menstruações (amenorréia), infertilidade e galactorréia (aparecimento de leite nas mamas fora do período de gestação e puerpério).

Quando a doença tem causa auto-imune (tireoidite de Hashimoto) pode ocorrer vitiligo e associação com outras moléstias auto-imunes: 
 Mulheres com hipotireodismo devem discutir sua condição com o médico antes de engravidar. Hipotireodismo não controlado eleva o risco de aborto espontâneo, parto prematuro e pré-eclâmpsia que é uma complicação potencialmente séria que eleva a pressão sanguínea. Hipotireodismo não controlado durante a gravidez também afeta o crescimento do bebê e seu desenvolvimento cerebral. Tireoidite pós-parto muitas vezes é confundida com depressão pós-parto.

Endócrinas (diabetes mellitus, insuficiência adrenal, hipoparatireoidismo)

Sistêmicas (candidíase, hepatite auto-imune)

 

No recém-nascido, deve ser realizada a triagem neonatal através da dosagem de T4 ou TSH em papel filtro. Se essas dosagens forem alteradas, o exame deve ser confirmado com os mesmos procedimentos no sangue e, se alterados, iniciar de imediato o tratamento.

No adulto, o diagnóstico é estabelecido pelas dosagens de T4 e TSH, e se os mesmos estiverem alterados (T4 baixo e TSH elevado), deve ser buscada a causa do problema através da pesquisa de anticorpos antitireoperoxidase (anti-TPO), antimicrossomais ou antitireoglobulina, que demonstrarão a causa auto-imune do distúrbio. Em pacientes com cirurgia prévia, além dos anticorpos, pode ser realizada também a pesquisa do resíduo de tecido tireóideo remanescente através da ultra-sonografia ou da cintilografia de tireóide. Deve ser também analisado o perfil lipídico do paciente, uma vez que ocorre severa dislipidemia associada ao estado de hipotireoidismo.

O tratamento de todas as formas de hipotireoidismo é realizado com Tiroxina (T4) em doses calculadas de 1,6 a 2,2 microgramas por Kg de peso corporal no adulto e de 3 a 15 microgramas por kg de peso corporal, dependendo da idade do paciente. O controle do tratamento é realizado pela dosagem de TSH, que deve se manter sempre normal. Nos pacientes dislipidêmicos devem ser monitorizados também os níveis de colesterol e triglicerídeos.

Os casos que ocorrem após a cirurgia de retirada da tireóide por bócio nodular ou neoplasia podem ser prevenidos através de cirurgia adequada no momento em que a mesma é indicada para o tratamento de bócio. Nas demais situações podem ser realizadas um diagnóstico precoce, porém prevenção primária não é disponível. 

 

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