BRASILEIRA RESGATADA NO JAPÃO DIZ QUE QUERIA FICAR E AJUDAR VÍTIMAS DO TERREMOTO

17/03/2011 01:16


Um dos 26 brasileiros que foram resgatados na terça-feira (15) nas cidades japonesas de Sendai e Fukushima, a estudante Maria Eduarda Andrade, 18, que participava de um programa de intercâmbio do Rotary Club em Sendai, disse que queria ficar no país para ajudar as vítimas do terremoto, mas os pais não autorizaram.

“Estou voltando contrariada. Queria ajudar, tem muita gente precisando de ajuda, mas meu pais me pressionaram para voltar. Vou tentar organizar alguma coisa no Brasil, mas não para doação de dinheiro, porque as pessoas aqui não tem onde comprar. Falta roupa, alimentos, água”, contou, de Saitama, para onde foram levados os brasileiros.

A missão organizada pelo empresário brasileiro Walter Saito, contratado pelo consulado brasileiro, partiu de Sendai e passou por Fukushima, duas das cidades mais afetadas pelo tremor e em risco devido ao acidente nuclear em usinas da região, num percurso de 7 horas até Saitama. De lá, eles devem ir até Tóquio e embarcar num voo de volta para o Brasil por volta das 20h desta quinta-feira (17) no horário local (8h da manhã no Brasil).

Quinze brasileiros não apareceram no ponto de encontro em Sendai, mas o consulado acredita que eles podem ter conseguido deixar o Japão antes do resgate.

'Pânico'
Maria Eduarda contou que estava numa livraria de Sendai, cidade mais próxima do epicentro do terremoto, comprando cartões-postais, quando o chão começou a tremer na última sexta (11). “Como sempre, achei que ia passar. Mas as pessoas entraram em pânico e vi que tinha alguma coisa errada.”

Após deixar a loja sem ferimentos, ela contou ter encontrado uma amiga americana, que também participava do intercâmbio, e as duas voltaram juntas para casa. No dia seguinte, ela conta, foi à escola onde estava estudando, que foi interditada pelos danos causados pelo abalo.saiba mais

Sem energia elétrica durante três dias, ela disse ter se oferecido para trabalhar como voluntária na prefeitura local, mas não havia mais vagas. Na casa da família japonesa onde vivia, que ficou intacta, os donos emprestavam o banheiro para muitos vizinhos que não tinham água ou gás, o que interrompeu também a calefação em meio a nevascas em Sendai.

De acordo com a estudante, nos últimos dias, o temor maior era de contaminação pelo vazamento nuclear nas usinas de Fukushima. “Em Fukushima fiquei morrendo de medo por causa do vazamento nuclear. Em Sendai, as pessoas estavam andando de máscara, mas não muitas, não tinha muito essa preocupação.”

As informações são do G1
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