APÓS ESFAQUEAR E MATAR MULHER NAMORADO COLA BILHETE NO CORPO DA VÍTIMA.

02/02/2011 01:34

 

 

A suspeita de traição amorosa motivou o ex-presidiário Janildo Pereira dos Santos, 42 anos, a cometer um dos mais bárbaros crimes passionais registrados em Itapetinga (560 km de Salvador) nos últimos 30 anos. Depois de espancar a namorada Gesonice Gonçalves Bonfim, 39 anos, Jean, como é conhecido, consumou o crime premeditado, aplicando mais de 30 facadas na vítima e, por fim, depois de degolá-la, deixou um recado preso á barriga da mulher.

No pedaço de papel os dizeres “o troco da traição é a morte. Nem eu, nem ninguém”, escrito a mão, tentavam justificar o motivo do homicídio, ocorrido por volta das 8 horas dessa segunda-feira, 31, em um dos quartos da casa de Gesonice, localizada na Rua D, no bairro Hilda Gama (Portelinha), periferia da cidade.

Também colado com fita isolante ao corpo, coberto por um cobertor branco, o criminoso deixou diversos preservativos e a fotografia de um homem, ainda não identificado, que supostamente seria amante da vítima e pivô do crime. Em seguida, o assassino limpou a arma do crime, uma faca tipo peixeira, banhou-se com um pequeno balde e enxugou o corpo com uma toalha. Deixando o corpo no quarto, fechou a porta principal da casa e foi até a casa dos seus pais para confessar o crime e pedir que avisassem à policia.

 

A polícia só chegou à cena do crime por volta das 20 horas devido a uma série de informações desencontradas. Segundo a central, os moradores do Portelinha não imaginavam que a mulher estivesse morta e os pais do assassino não souberam precisar o endereço e, ainda assim, disseram que o bairro era outro, do outro lado da cidade e a mais de 8 km.

Jean, que já esteve preso em Caatiba e Itororó por assalto a mão armada, lesão corporal e acusado de matar um idoso, apanhou algumas roupas, documentos e fugiu, passando a ser procurado pelas polícias de Itapetinga e região. De acordo com um dos parentes da vítima, o namorado temia que as frequentes idas à igreja fizessem com que Gesonice o trocasse por um evangélico. “Ele queria saber o porque Nice ia todos os dias à igreja e insinuava que ela deveria estar à procura de outro”, disse uma prima por telefone.

Gritos – Vizinhos contaram à polícia que ouviram a mulher gritar e pedir socorro por várias vezes, como se estivesse sendo espancada por ele, mas por acreditar que se tratava de mais uma briga casual, como as frequentes nos três meses de namoro entre o casal, eles ignoraram. “Logo os gritos pararam e a gente imaginou que eles tivessem interrompido a discussão”, relatou uma vizinha, que pediu para não ser identificada.

O crime está sendo apurado pelo delegado titular de Itapetinga, Roberto Júnior. O corpo de Gersonice foi encaminhado para necropsia no Departamento de Polícia Técnica (DPT), em Vitória da Conquista, e já foi liberado para sepultamento em Itapetinga, no Cemitério Parque da Eternidade.

 

 


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