A CARNE SE MISTURA À ALMA
Na madrugada dos meus versos
Estrelas andariam,
Se não houvesse chuva e ventania,
Que me afastassem tanto de você.
Você reside nos lábios de minhas poesias,
Confesso sentir falta de sua alegria,
Meus olhos lhe procuram,
Mas não podem ver.
A carne se mistura à alma
E tudo é covardia,
O silêncio e a paz não são mais companhia
Toda noite quando tento lhe esquecer.
Há astros se desfarelando
Pelas avenidas,
Minhas palavras hoje não são infinitas
Sem o seu sorriso para eu descrever.
Misturam-se também os gostos
Em minha saliva,
No fim resta saudade e muita agonia,
Deixei de ensinar pra tentar aprender.
Rafael Pereira